Poroshenko diz que eleições separatistas no leste da Ucrânia são "uma farsa"
"É uma farsa com tanques montada por duas organizações terroristas, um acontecimento terrível que não tem nada a ver com a expressão da vontade dos cidadãos", disse o Chefe de Estado, citado pelo seu gabinete de imprensa.
O Presidente ucraniano mostrou-se ainda confiante que a Rússia não reconhecerá estas "pseudoeleições", que, frisou, contrariam os acordos de cessar-fogo assinado em Minsk.
As regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, votam hoje para escolher os presidentes e parlamentos regionais, numa eleição que visa legitimar a independência declarada unilateralmente mas é considerada ilegal por Kiev.
Ao lado do governo ucraniano, ONU, União Europeia, NATO e vários países ocidentais asseguram que o voto separatista viola a legislação ucraniana e mina os esforços que conduziram à assinatura de um memorando de paz em setembro.
A Rússia, em contrapartida, é o único apoio dos separatistas, tendo afirmado, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, que "reconhecerá naturalmente" os resultados.
O acordo de cessar-fogo assinado em setembro na Bielorrússia previa eleições locais nas regiões separatistas a 07 de dezembro, mas os dirigentes das duas autoproclamadas "repúblicas populares" recusaram quaisquer eleições organizadas por Kiev em territórios que controlam e anunciaram que organizariam eleições locais a 02 de novembro.